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OS CÃES E A RELAÇÃO COM AS CRIANÇAS

Os animais transmitem conhecimentos básicos às crianças sobre o crescimento, a saúde, a higiene, a alimentação, a reprodução, a vida e a morte.


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O cão constitui um papel cada vez mais importante na sociedade atual. É um animal de companhia com estatuto de elemento familiar. A convivência das crianças com os cães desde cedo melhora o controlo de condutas emocionais, sociais e cognitivas e aumenta o bem-estar psicológico e físico da criança.



QUE BENEFÍCIOS PODEM EXISTIR NA INTERAÇÃO


O cão é um companheiro de aventuras ideal para uma criança. Além de ajudar a criança a interagir com o seu meio envolvente e a desenvolver a uma consciência corporal e social, acelerando o desenvolvimento psicomotor, através do jogo.



Os benefícios da companhia de um cão numa criança são imensos: aumenta a sua autoestima e a sua capacidade de concentração, reduz o stress (acariciar um animal diminui a pressão sanguínea, deixando um sentimento de tranquilidade), promove o contacto físico, desenvolve a capacidade de regular as emoções favorecendo a demonstração de afetos e a capacidade de expressar sentimentos e transmite ensinamentos como o respeito e a aceitação do outro. 



OS RISCOS ASSOCIADOS


Se o relacionamento entre ambos for salutar, o cão pode ser visto como uma figura que colabora na educação da criança. Antes de tomar este passo de permitir que o seu filho, por exemplo, estabeleça uma relação com o seu parceiro de aventuras, é muito importante estar consciente da forma natural de relacionamento entre crianças e cães, para assim poder tomar as medidas necessárias e evitar situações de risco. Por exemplo:


  • Para uma criança pequena, com 2-3 anos de idade, empurrar, agarrar e atingir um cão com objetos é a forma natural de se relacionar com ele;

  • Um cachorro com 1-4 meses de idade tende em perseguir qualquer coisa que se mexa e a forma que tem de brincar é morder, fazendo-o sem consciência da sua força;

  • Uma criança com 3-4 anos tende a acariciar os cães, sem noção do controlo da força com que o faz;

  • Os cachorros entre os 4-6 meses jogam a morder e a rasgar;

  • As crianças entre os 5-6 anos, geralmente, gostam de abraçar, torcer e manusear os cães.


Embora os benefícios obtidos nas relações entre crianças e cães sejam inúmeros, existem riscos que é necessário prevenir.

Por norma, os cães não são agressivos sem motivos. Para que um cão recorra a este tipo de comportamento é preciso sentir-se encurralado (com algum medo ou fobia) ou ameaçado.



OS CUIDADOS MÉDICOS FUNDAMENTAIS


É fundamental salvaguardar as necessidades do bem-estar das crianças e dos cães. Procure junto do seu médico veterinário criar estratégias preventivas e de requisitos de saúde para o seu pet, reduzindo desta foram os riscos de infeções provocadas por agentes zoonóticos:

  • Vacinação para o vírus da raiva;

  • Vacinação para leptospira, parvovírus, adenovírus, parainfluenza canina, leishmania;

  • Controle mensal de parasitas internos (toxocara canis, toxascaris leonina, ancylostoma caninum, trichuris vulpis, uncinária stenocephala, dipylidium caninum, taenia spp., echinococcus multiloculares e echinococcus granulosus);

  • Controlo mensal de parasitas  externos (pulgas-adultas e imaturas, carraças, mosquitos, flebótomos e moscas do estábulo);

  • Exames laboratoriais semestrais;

  • Exames fecais regulares.


Os cuidados de higiene e limpeza do meio ambiente circundante, nomeadamente da sua casa, são essenciais. Deve aspirar e lavar regularmente as áreas mais frequentadas pelo seu pet. Os tapetes espalhados pela casa e as camas do cão também devem ser limpos constantemente.



AS REGRAS PARA UMA VIDA MELHOR


Para que a convivência entre crianças e cães seja positiva é necessário estabelecer pautas que orientem ambos sobre como se relacionarem. As principais dicas para prevenir acidentes entre crianças e cães são:



Para as crianças:

  • Quando o cão lhe mostra os dentes ou rosna, isso significa que já não quer brincar e que prefere estar sozinho;

  • Sempre que estão a brincar não deve gritar ou correr;

  • Quando se aproxima do cão, deve fazê-lo com calma e chamando-o pelo nome primeiro;

  • Deve evitar brincadeiras que envolvam corridas e muita agitação;

  • Deve lembrar-se de que nem sempre o cão tem vontade de brincar, jogar ou receber carícias;

  • Os cães não podem comer a comida das pessoas e as crianças não podem comer a comida dos cães;

  • O cão também tem as suas coisas: o comedouro, a cama, os brinquedos, etc.;

  • Enquanto o cão dorme, pode brincar sozinho e não o deve incomodar;

  • Quando o cão está a incomodar a criança, esta deve pedir ajuda a um adulto;

  • Ter presente de que é a criança quem deve cuidar do seu cão: alimentar, passear, escovar, limpar o comedouro, etc.



Para os cães:

  • Estabelecer uma zona de descanso, onde o animal pode estar tranquilo e não ser incomodado;

  • Estabelecer normas que favoreçam a convivência entre a criança e o cão. Por exemplo: o cão aprender a não tirar a comida das mãos, a não saltar para cima da criança, a não ladrar para chamar atenção, a respeitar o descanso da criança;

  • Interagir com a criança diariamente, sempre supervisionado por um adulto;

  • Não deixar ao alcance do cão os peluches ou brinquedos da criança.


O cão enquanto ser vivo transmite às crianças que as ações provocam reações, o animal reage ao carinho, abana o rabo, salta e afasta-se se for maltratado. Cuidar da limpeza do animal e do seu habitat, cuidar da sua alimentação, dividir o lanche, medica-lo, também favorece o desenvolvimento do vínculo afetivo e a lidar com os mais diversos sentimentos, da alegria à frustração.



Pedro Paiva

Diretor Pet B Haviour Fotos: Pet B Haviour

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