Alimentação
A nossa Abordagem
Centra-se sobretudo numa alimentação predominantemente de base vegetal, inspirada nas dietas de base vegetal Mediterrânica e Vegetariana. Embora tenhamos sempre em consideração as necessidades e preferências de quem nos procura, as nossas recomendações baseiam-se numa alimentação natural (ou minimamente processada) rica em fruta e vegetais, onde é dada preferência pelos cereais integrais e complexos, frutos secos, sementes e o azeite eleito como fonte de gordura saudável.
Se por um lado a evidência mostra que o consumo excessivo de carne vermelha e processada, de gorduras saturadas, de produtos lácteos, de sal e açúcar está ligado a um maior risco de certo tipos de doenças crónicas não transmissíveis tais como o cancro, a obesidade ou a diabetes, por outro lado existe também cada vez mais evidência que os impactos ambientais deste tipo de alimentação são devastadores e que uma dieta rica em alimentos saudáveis à base de plantas e com menor origem animal irá trazer benefícios ao nível da saúde da população e do meio ambiente, contribuindo no fundo para uma Saúde Planetária.
Na verdade, uma alimentação rica em alimentos saudáveis à base de plantas e com menos alimentos de origem animal é uma alimentação boa para a nossa Saúde e para a saúde do Planeta. Trata-se de uma Alimentação Win-Win (ganha-ganha), em que ambos ganham.
Mudar para este tipo de alimentação, também chamada de dieta flexitariana (como a Dieta Planetária saudável) é fundamental para que por um lado possamos travar o crescimento da incidência de doenças crónicas (relacionadas diretamente com maus hábitos alimentares) e por outro lado garantir que o planeta tem capacidade de fornecer uma alimentação saudável, proveniente de sistemas alimentares sustentáveis a uma crescente população mundial.
Em Portugal os números são muito claros. De acordo com o estudo Global Burden of Disease (GBD), em 2019 os maus hábitos alimentares continuaram a ser um dos fatores que mais contribuíram para a perda de anos de vida saudável, destacando-se o elevado consumo de carne vermelha, o baixo consumo de cereais integrais e o elevado consumo de sal. Os hábitos alimentares inadequados foram também o quarto fator de risco que mais contribuiu para a mortalidade, devido nomeadamente a doenças do aparelho circulatório, diabetes, doenças renais e neoplasias.
Contudo, é importante salientar que em Portugal tem vindo a ser feito um trabalho consistente e articulado para levar à população cada vez mais informação de modo a sensibilizar para a importância da adoção de melhores hábitos alimentares, com foco no Aumento do consumo de cereais integrais, leguminosas e fruta e na Redução do consumo de carne vermelha e de sal.
É urgente informar e mudar, e essa é também a nossa missão!