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Foto do escritorINÊS CORREIA

CUIDADOS DE SAÚDE NO REGRESSO ÀS AULAS

Neste momento, a maior parte das nossas crianças e jovens já regressaram às instituições de Ensino há quase um mês. Se as novas Normas e Orientações são muitas, causando ansiedade nos pais e crianças e obrigando a ginásticas logísticas mais difíceis que a cambalhota, existem alguns cuidados que são constantes ao longo dos últimos anos.

Desta forma, vamos começar por relembrar os cuidados que já tínhamos:


  • Contacte o seu Pediatra ou Equipa de Saúde Familiar para agendar as consultas de vigilância dos seus filhos. As consultas preconizadas no Plano de Saúde Infantil e Juvenil são: primeira consulta de vida, 1 mês, 2 meses, 4 meses, 6 meses, 9 meses, 12 meses, 15 meses, 18 meses, 2 anos, 3 anos, 4 anos, 5 anos, 6-7 anos, 8 anos, 10 anos, 12-13anos, 15-18 anos. As idades referidas não são rígidas - se uma criança ou jovem se deslocar à consulta por outros motivos, pouco antes ou pouco depois da idade-chave, deverá, se a situação clínica o permitir, ser efetuado o exame indicado para essa idade. Por outro lado, se existe preocupação com algum situação particular do seu filho/a, deve contactar o seu médico/a ou enfermeiro/a assistente para que a situação possa ser avaliada, independentemente de a criança/ jovem se encontrar, ou não, nestas idades chaves.


  • Mantenha o Plano Nacional de Vacinação da criança/ jovem atualizado. Uma correta vacinação é essencial para prevenir o aparecimento de doenças ou minimizar os seus efeitos. No entanto, a informação muitas vezes amplamente difundida pela internet não é toda confiável e pode ser alarmante para os pais. Não deixe que isso o impeça de vacinar o seu filho/a. Se tem dúvidas quanto a determinada vacina, pergunte à sua equipa assistente, uma vez que são estas as pessoas habilitadas a responder às suas questões de forma fidedigna.Existem ainda outras vacinas que não estão contempladas neste Plano e nas quais pode ter interesse: não hesite em questionar sobre elas. 

Chamo a atenção para algumas vacinas até agora não comparticipadas (rotavírus, meningocócica B e HPV (rapazes)) e que integraram o Plano a 01 de Outubro de 2020.

  • Mantenha consultas regulares de Medicina Dentária e recorde a correta higienização da cavidade oral. A primeira consulta deve ser


realizada no máximo até a criança completar o primeiro ano de vida. Quando existe uma boa saúde oral, a criança/ jovem deve ser observada a cada 6 meses. Antes do início das aulas ou nos primeiros dias, uma vez que muitas crianças almoçam e lancham nas instituições podendo existir mais algum descuido com a higiene oral, devemos garantir que esta cavidade começa o ano letivo da forma mais saudável possível.


  • Planifique as refeições da semana, sem esquecer os lanches saudáveis. Uma alimentação equilibrada é essencial para o bem-estar do seu filho/a, nas suas mais variadas dimensões. Para mais informações, consulte a publicação da Nutricionista Ana Jorge.


  • Reeduque hábitos de sono. Sabemos que durante este último ano os ritmos se alteraram. No entanto, quantidade e qualidade adequadas de sono são fundamentais não só para a saúde de todos os indivíduos, como também para manter um rendimento escolar desejável. Volte a criar rotinas de sono (hora de adormecer e levantar estabelecidas, rituais de adormecer) neste novo ano letivo.

  • Garanta atividade física adequada à faixa etária da criança/jovem. Sabia que o tempo de atividade física diária para uma criança/jovem entre os 5-18 anos, segundo a Direção Geral de Saúde, é de 60 minutos? Para mais informações sobre recomeçar o exercício físico em contexto de COVID, veja a publicação do Prof. Francisco Martins.


QUANTO AOS CUIDADOS ESPECÍFICOS DESTE ANO, PASSO A ENUMERAR ALGUNS:


  • Conheça os circuitos e planos de contingência da instituição de ensino. Se os pais tiverem conhecimento destes planos, vão conseguir explicá-los aos filhos/as e ajudar os mesmos a cumpri-los de forma mais eficaz.


  • Eduque a criança/jovem nos cuidados de etiqueta respiratória e no uso de máscara. Estes são cuidados simples e que fazem toda a diferença na propagação do vírus e de outras doenças respiratórias típicas desta época do ano. Muitos deles já estão enraizados na nossa prática diária, no entanto, com a alteração do cenário habitual, há alguma tendência ao “relaxamento” das medidas. Relembrar boas práticas nunca é demais!


  • Os alunos, particularmente os mais velhos, poderão ser incumbidos de auxiliar na limpeza e desinfeção dos espaços. Explique à criança/jovem que todos temos o nosso papel no combate à pandemia e que a sua ajuda poderá ser necessária. Pode começar por lhe explicar em casa como fazer essa mesma desinfeção.


  • Existe a possibilidade de os alunos/as terem necessidade de voltar ao regime de aulas à distância. Mantenha um local de estudo para o seu filho/a em casa.


  • Se o seu filho/a ou alguém do seu seio familiar apresentar sinais da COVID-19, a criança/jovem não deverá ir à escola. Se tiver dúvidas sobre se os sintomas são, ou não, desta doença, contacte as linhas telefónicas criadas para o efeito.


  • Estas novas situações são potenciais criadoras de ansiedade, não só nos pais, mas principalmente nas crianças/jovens. É importante não descurar este fator. Assim, não deixe de contactar a publicação da Psicóloga e Psicoterapeuta Cecília Almeida sobre o assunto.

Sabemos que toda a informação é pouca e que muitas vezes as dúvidas são mais do que muitas. Estamos aqui para ajudar nesta e noutras fases: se tiver questões, não hesite em colocá-las!



INÊS CORREIA

Médicina Geral e Familiar

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